OFICINA DE ENCADERNAÇÃO







No Curso de Formação em Arteterapia tivemos uma oficina de encadernação com a artista Tânia Piloto. Ela nos contou sobre a história da encadernação e do papel para depois produzirmos o nosso livro. Foi um dia muito especial porque pudemos aprender com a Tânia essa arte milenar.

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DA ENCADERNAÇÃO

A encadernação é a arte de sujeitar entre duas capas de um livro e cobri-las para sua melhor preservação e manejo.
Encadernação Japonesa e Oriental
Para o livro chegar à forma que nós conhecemos, passou por uma gradual evolução sempre associada às matérias primas disponíveis.
Para registrar as primeiras formas de expressão gráfica, sabemos das pinturas nas paredes de rocha em locais de encontro e cavernas. À medida em que os sons foram ganhando sinais que os representavam, evoluiu o conjunto de letras do alfabeto. As tentativas iniciais foram feitas em pedaços de argila, depois em tábuas de madeira que até podiam ser ligadas entre si.
Um salto evolutivo importante foi dado 2.200 anos antes de Cristo, com a utilização do miolo do talo de junco, cortado em tiras finas, macerado em vinagre, disposto em fileiras verticais e horizontais sobrepostas e prensadas por dias para que o glúten natural da planta agisse como aderente, para fabricação do papiro. Era então enrolado e guardado numa caixa cilíndrica de couro ou cedro. Foi a primeira técnica de preservação do livro.
Evoluindo e disseminando o livro, os rolos foram ficando mais compridos e de difícil manuseio, até que passaram a ser cortados em folhas, que eram dobradas e reunidas
em grupos de quatro a
seis, costuradas na dobra e protegidas por tábuas de madeira. São as primeiras encadernações própriamente ditas.
No século II, a China começou a produzir papel para escrita com fibras de cânhamo ou de casca de árvore. Segundo os registros da “História do Período Posterior da Dinastia Han” do século V, o marquês TSai Lun (?-125) dos Han do Este (25-220 D.C.) produziu papel a partir de 105 D.C com materiais baratos – casca de árvore, extremidades de cânhamo, farrapos de algodão e redes de pesca rasgadas. Apesar de abundante no Oriente, seu uso para feitura de livros ocidentais só aconteceu séculos depois, por volta de 1.150. Diz-se que, no ano de 751 d.C., dois chineses foram aprisionados por árabes e revelaram o segredo da fabricação em troca da liberdade.

A encadernação no mundo antigo - Ainda que desde os tempos mais remotos os homens utilizassem distintos recipientes para guardar seus testemunhos escritos –caixas, cilindros metálicos, ânforas, cestas, etc.- não se pode falar de encadernação no sentido estrito do termo até o momento em que o livro abandona sua forma de rolo de pergaminho substituindo-a pela de códice (códices (ou codex, da palavra em latim que significa "livro", "bloco de madeira"- os manuscritos gravados em madeira, em geral do período da era antiga tardia até a Idade Média).
A IMPORTÂNCIA DA ARTE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: trabalho apresentado no curso de pós-graduação do Mercosul - julho 2011 - Assunção - Paraguai - por Marise Piloto

Este trabalho apresenta uma forma de aprendizagem diferenciada; o aprendizado através da arte. Com uma linguagem não verbal, criamos símbolos que se tornam concretas as representações interiores, nas áreas cognitiva, afetiva e motora. Através de diferentes materiais e técnicas na vivência com a arte os canais sensoriais são abertos, possibilitando uma aprendizagem despertando o adormecido, restaurando o caminho adoecido, inaugurando novas ações.
A Arte sempre esteve presente na história da humanidade como forma cultural. É pela Arte que conhecemos a cultura de um povo e suas formas de desenvolvimento das habilidades mentais como a identificação, seleção e formas de organização de pensamento.
A palestra traz a importância das artes na educação porque é através dos símbolos que aparecem nas produções artísticas que nossos alunos vão poder se manifestar espontaneamente, expressando sentimentos e emoções de uma maneira diferente da linguagem oral.
Muitos pensadores vêem contribuindo para que a livre expressão da criança (desenhar, pintar, modelar) seja uma forma de desenvolver suas potencialidades criativas.
Toda criança quando está envolvida com a produção e análise da arte, desencadeia em si três sistemas: o executor, o perceptivo e o sentimental. Há uma inter-relação entre os sistemas observada nos comportamentos espontâneos, na resolução de problemas e de comunicação.
A comunicação artística, por exemplo, pode ser facilitada por vários tipos de arte: a libertadora, a ordenadora, a regeneradora, em fim para cada momento da criança podemos oferecer um determinado material e observar como esta se apresenta diante deles. Os símbolos que aparecem nas produções artísticas da criança colaboram para o entendimento de algo que possa ocorrer no seu mundo interno. É através dessa linguagem não verbal que o aluno pode “falar” das suas dificuldades.
Portanto, com todos os canais preceptivos sendo trabalhados estaremos propiciando à criança a vivência de uma jornada heróica para poder viver de forma feliz, plena e prazerosa seja na vida pessoal, social ou escolar.
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CURSO DE MOSAICO RECICLADO NA UERJ






Em julho, durante o período de férias, o Projeto Social Cola Caco esteve mais uma vez presente. Desta vez foi na UERJ, dentro do Programa de Iniciação Acadêmica. Foram três dias de muito trabalho, onde as participantes mostraram seu talento.
Confira as fotos.