segunda-feira, 29 de agosto de 2011

OFICINA DE ENCADERNAÇÃO







No Curso de Formação em Arteterapia tivemos uma oficina de encadernação com a artista Tânia Piloto. Ela nos contou sobre a história da encadernação e do papel para depois produzirmos o nosso livro. Foi um dia muito especial porque pudemos aprender com a Tânia essa arte milenar.

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DA ENCADERNAÇÃO

A encadernação é a arte de sujeitar entre duas capas de um livro e cobri-las para sua melhor preservação e manejo.
Encadernação Japonesa e Oriental
Para o livro chegar à forma que nós conhecemos, passou por uma gradual evolução sempre associada às matérias primas disponíveis.
Para registrar as primeiras formas de expressão gráfica, sabemos das pinturas nas paredes de rocha em locais de encontro e cavernas. À medida em que os sons foram ganhando sinais que os representavam, evoluiu o conjunto de letras do alfabeto. As tentativas iniciais foram feitas em pedaços de argila, depois em tábuas de madeira que até podiam ser ligadas entre si.
Um salto evolutivo importante foi dado 2.200 anos antes de Cristo, com a utilização do miolo do talo de junco, cortado em tiras finas, macerado em vinagre, disposto em fileiras verticais e horizontais sobrepostas e prensadas por dias para que o glúten natural da planta agisse como aderente, para fabricação do papiro. Era então enrolado e guardado numa caixa cilíndrica de couro ou cedro. Foi a primeira técnica de preservação do livro.
Evoluindo e disseminando o livro, os rolos foram ficando mais compridos e de difícil manuseio, até que passaram a ser cortados em folhas, que eram dobradas e reunidas
em grupos de quatro a
seis, costuradas na dobra e protegidas por tábuas de madeira. São as primeiras encadernações própriamente ditas.
No século II, a China começou a produzir papel para escrita com fibras de cânhamo ou de casca de árvore. Segundo os registros da “História do Período Posterior da Dinastia Han” do século V, o marquês TSai Lun (?-125) dos Han do Este (25-220 D.C.) produziu papel a partir de 105 D.C com materiais baratos – casca de árvore, extremidades de cânhamo, farrapos de algodão e redes de pesca rasgadas. Apesar de abundante no Oriente, seu uso para feitura de livros ocidentais só aconteceu séculos depois, por volta de 1.150. Diz-se que, no ano de 751 d.C., dois chineses foram aprisionados por árabes e revelaram o segredo da fabricação em troca da liberdade.

A encadernação no mundo antigo - Ainda que desde os tempos mais remotos os homens utilizassem distintos recipientes para guardar seus testemunhos escritos –caixas, cilindros metálicos, ânforas, cestas, etc.- não se pode falar de encadernação no sentido estrito do termo até o momento em que o livro abandona sua forma de rolo de pergaminho substituindo-a pela de códice (códices (ou codex, da palavra em latim que significa "livro", "bloco de madeira"- os manuscritos gravados em madeira, em geral do período da era antiga tardia até a Idade Média).

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