O Rio, que encanta todas as gerações, é detalhado em 120 aquarelas feitas ao longo dos 15 anos em que o artista francês viveu na Cidade Maravilhosa, entre 1816 e 1831. Na mostra, é preciso atenção, ou lente de aumento, pra acompanhar o olhar minucioso de Jean Baptiste-Debret nessa viagem pelo tempo.
Debret se mudou para o Brasil para fundar a Escola Nacional de Belas Artes. Mas, por causa da burocracia, a fundação demorou mais de 10 anos. Ele, então, impressionado com a escravidão no Rio, aproveitou esse tempo pra fazer um registro do cotidiano e se tornou o maior cronista da cidade no início do século XIX.
“Através do Debret, a gente pode ver como os escravos também movimentavam o mercado de consumo. Com ganhos suplementares, eles faziam aquisição de serviços e produtos de outros escravos, fazendo assim girar essa roda do comércio”, explica a curadora da exposição, Anna Paola Baptista.
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