sábado, 25 de maio de 2013

MATRIOSKA


do latim: "mater" que significa mãe.

Simboliza a fertilidade.
É a boneca da sorte que atrai bons
fluidos e a união familiar.

Caso queiramos lhes formular um desejo, devemos escrever um bilhete e guardá-lo na segunda boneca, prensada pela menor, juntando-as assim, uma dentro da outra, por uma noite. No dia seguinte, deve-se abri-la e deixá-las desta forma, até o próximo desejo. Boa Sorte! 

FELICIDADE



Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa

CONTO: A Princesa Obstinada





Um certo rei acreditava que o correto era que lhe haviam ensinado e aquilo que pensava. Sob muitos aspectos era um homem justo, mas também uma pessoa de idéias limitadas.

Um dia reuniu suas três filhas e lhes disse:

- Tudo o que tenho é de vocês, ou será no futuro. Por meu intermédio vieram a este mundo. Minha vontade é o que determina o futuro de vocês, e portanto o seu destino.

Obedientes e persuadidas da verdade enunciada pelo pai, duas das moças concordaram. Mas a terceira retrucou:

- Embora a minha posição me obrigue a atacar as leis, não posso acreditar que meu destino deva ser sempre determinado por suas opiniões.

- Isso é o que veremos - disse o rei.

Ordenou que prendessem a jovem numa pequena cela, onde ela penou durante alguns anos. Enquanto isso o rei e suas duas filhas submissas dilapidaram bem depressa as riquezas que de outro modo também seriam gastas com a princesa prisioneira.

O rei disse para si mesmo:

"Essa moça está encarcerada não por vontade própria, mas sim pela minha. Isto vem provar, de maneira cabal para qualquer mentalidade lógica, que é minha vontade e não a dela que está determinando seu destino."

Os habitantes do reino, inteirados da situação de sua princesa, comentaram:

- Ela deve ter feito ou dito algo realmente grave para que um monarca, no qual não descobrimos nenhuma falha, trate assim a sua própria filha, semente viva de seu sangue.

Mas ainda não haviam chegado ao ponto de sentir a necessidade de contestar a pretensão do rei de ser sempre justo e correto em todos os seus atos.

De tempos em tempos o rei ia visitar a moça. Conquanto pálida e debilitada pelo longo encarceramento, ela se obstinava em sua atitude.

Finalmente a paciência do rei chegou a seu derradeiro limite:

- Seu persistente desafio - disse à filha - só servirá para me aborrecer ainda mais, e aparentemente enfraquecerá meus direitos caso você permaneça em seus domínios. Eu poderia matá-la, mas sou magnânimo. Assim, me limitarei a desterrá-la para o deserto que faz divisa com meu reino. É uma região inóspita, povoada somente por animais selvagens e proscritos excêntricos, incapazes de sobreviver em nossa sociedade racional. Ali logo descobrirá se pode levar outra existência diferente daquela vivida no seio de sua família; e se a encontrar, veremos se a preferirá à que conheceu aqui.

O decreto real foi prontamente acatado, e a princesa conduzida à fronteira do reino. A moça logo se encontrou num território selvagem e que guardava uma semelhança mínima com o ambiente protetor em que havia crescido. Mas bem depressa ela percebeu que uma caverna podia servir de casa, que nozes e frutas provinham tanto de árvores como de pratos de ouro, que o calor provinha do Sol. Aquela região tinha um clima e uma maneira de existir próprios.

Depois de algum tempo ela já conseguira organizar sua vida tão bem que obtinha água de mananciais, legumes da terra cultivada e fogo de uma árvore que ardia em chamas.

"Aqui", murmurou para si própria a princesa desterrada, "há uma vida cujos elementos se integram, formando uma unidade, mas nem individual ou coletivamente obedecem às ordens de meu pai, o rei."

Certo dia um viajante perdido, casualmente um homem muito rico e ilustre, encontrou a princesa exilada, enamorou-se dela e a levou para seu país, onde se casaram.

Passado algum tempo os dois decidiram voltar ao deserto, onde construíram uma enorme e próspera cidade. Ali, sua sabedoria, recursos próprios e sua fé se expandiram plenamente. Os 'excêntricos' e outros banidos, muitos deles tidos como loucos, harmonizaram-se plena e proveitosamente com aquela existência de múltiplas facetas.

A cidade e a campina que a circundava se tornaram conhecidas em todo o mundo. Em pouco tempo eclipsara amplamente em progresso e beleza o reino do pai da princesa obstinada.

Por decisão unânime da população total, a princesa e seu marido foram escolhidos como soberanos daquele novo reino ideal.

Finalmente o pai da princesa obstinada resolveu conhecer de perto o estranho e misterioso lugar que brotara do antigo deserto, povoado, pelo menos em parte, por aquelas criaturas que ele e os que lhe faziam coro desprezavam.

Quando, de cabeça baixa, ele se acercou dos pés do trono onde o jovem casal estava sentado e ergueu seus olhos para encontrar os daquela soberana, cuja fama de justiça, prosperidade e discernimento superava em muito o seu renome, pôde captar as palavras murmuradas por sua filha:

- Como pode ver, pai, cada homem e cada mulher têm seu próprio destino e fazem sua própria escolha.

FAZER MANDALAS



Presentes  na natureza e no inconsciente do ser humano desde os primórdios da civilização, a mandala representa um processo de ordenação do caos, revelando seu poder integrador independente da atuação consciente do indivíduo que a utiliza. O homem separou-se do cosmos e perdeu-se numa profusão  de condicionamentos e pressões da vida moderna. Fazer  mandala serve como um instrumento na busca do reencontro consigo mesmo e na sua harmonização com o Eu Superior. Assim é que, pela arte a ação mandálica se faz sentir como agente sintonizador do homem com o universo, promovendo sua integração e equilíbrio.










domingo, 19 de maio de 2013

Classificação de jogos e brinquedos e as dimensões educativas





A – atividades lúdicas
1-    jogo de exercitamento ( são os jogos sensoriais e motores ):
a)    exercício simples – primeiros meses ( só prazer da execução): tocar o móbile, balançar chocalho, puxar, empurrar, encaixar, atirar pedras, espetar repetidamente um pau na areia, manusear massinha de modelar, bolas...
b)    combinação sem finalidade – 3 anos ( jogo do fazer e desfazer): invenção de novos jogos de bolas, com cubos, encaixar, empilhar, esconder objetos...
c)     combinação com finalidade – 4 anos ( jogo para obter um prazer lúdico): saltos, tentando saltar cada vez mais longe, colocação de cubos por ordem de grandeza, rosquear...
2- jogo simbólico ( jogos de faz-de-conta/ da representação ): casa de bonecas, bicicleta, bonecas, telefones,carros ...
3- jogos de construção ( arranjos de peças, montagem, desenhos, bingo, palavras cruzadas, bandeja de mosaico, peteca, módulos geométricos...)

4-jogos de regras - 5 anos – 11 anos  ( jogo de dominó, seqüência, loto )
a)    transmitidas – ação dos mais velhos sobre os mais novos ( pião, pular corda,,,
b)    espontâneas – contrato momentâneo: jogo de polícia e ladrão,...
5-jogos de regras complexas-12 anos até vida adulta ( jogo de cartas, de estratégia complexa -damas, trilha, gamão, xadrez, contra-ataque, senha,  ...-  desportos)

 condutas cognitivas
1-    conduta de pensamento  ( repetição/ reconhecimento/ raciocínio prático- perguntas e “porquês”)
2-    conduta simbólica ( ligações imagens e palavras/ pensamento representativo)
3-    conduta intuitiva ( pareamento, discriminações de cores, tamanhos, formas, espacial , temporal / associação de idéias)
4-    conduta operatória concreta ( classificação/ seriação / enumeração/ relações espaciais e temporais/ conservação/ raciocínio concreto)
5-    conduta operatória formal ( raciocínio hipotético/ dedutivo/ indutivo)

 habilidades funcionais
1-    exploração( jogos de percepções – visual , auditiva, tátil ,gustativa, olfativa / preensão/ deslocamento, movimento dinâmico no espaço)
2-    imitação ( reprodução de ações, modelos, palavras, sons / discriminações/ memória/ coordenação olho-mão/ orientação espacial e temporal)
3-    performance ( agilidade/ força / paciência/ memória lógica )
4-    criação ( criatividade expressiva)




B-  atividades sociais
1-    atividade individual
2-    participação coletiva ( atividade competitiva/ cooperativa)

condutas afetivas
1-    confiança ( expressão de sentimentos)
2-    autonomia ( conhecimento do nome / corpo)
3-    iniciativa ( identificação parental / diferenciação de sexos / papéis sociais)
4-    trabalho ( identificação extrafamiliar)
5-    identidade ( procura de uma personalidade)

habilidades lingüísticas

1-    linguagem receptiva oral ( pareamento verbal/decodificação verbal)
2-    linguagem produtiva oral ( nomeação verbal / seqüência verbal / consciência da linguagem)
3-    linguagem receptiva escrita ( discriminação de letras/ correspondência letra-som/ decodificação silábica, de palavras, de frases)
4-    linguagem produtiva escrita ( expressão escrita)




Referência bibliográfica:

CUNHA, N.H., Brinquedo, Desafio e Descoberta: subsídios para utilização e confecção de brinquedos,  São Paulo.


GARON, Denise, Sistema ESAR de classificação de brinquedos – uma análise informatizada, Canadá, 1987.

SOUZA, Alberto, Educação Pela arte e Artes na Educação, Lisboa, Instituto Piaget, 2003.


Ativando a criança interior


CUIDANDO DA CRIANÇA QUE ESTÁ PERTO E DENTRO DE NÓS
Lembrar o mundo infantil é mergulhar em nosso mundo de fantasias, de buscas, de descobertas incríveis, vasculhar o que há de mais original e espontâneo em cada um de nós. Os adultos, infelizmente, reagem diante do mundo infantil com bastante preconceito e, eu diria, até com um pouco de inveja de um tempo que não viveram plenamente.



 É comum encararmos esse mundo como algo em que temos doutorado, que somos experts. Estabelecemos então todas as regras necessárias para as crianças com as quais convivemos, crendo que se cumprirem cada uma delas serão felizes. Feita a programação, nós ficamos tranquilos e com uma agradável sensação de missão cumprida. Só, por via de dúvidas, complementamos a estratégia com um reforço positivo adequado ao momento.



É isso mesmo, a maioria dos adultos trata as crianças como se elas não tivessem nenhuma sabedoria em relação ao que desejam, ao que é essencial para a vida delas. Em nosso relacionamento com elas usamos a mesma prática de condicionamento utilizada nos laboratórios de psicologia experimental e uma metodologia semelhante à utilizada nos ratinhos. Nosso objetivo é obter as respostas que achamos convenientes a partir do nosso ponto de vista.
Na verdade, limitamos o seu campo da experiência e não permitimos que elas sejam crianças. É comum ouvirmos quando alguém faz uma coisa boba ser rotulada imediatamente de criança. Quando rotulamos alguém dessa forma não
estamos sendo justos com as crianças. A criança não é sinônimo de gente boba, imaturidade, idiotice e irresponsabilidade.
No entanto, já usamos ou já presenciamos muita gente usando o termo infantil de forma pejorativa.


Urge que cada um de nós possa usar de sensibilidade para descobrir o quanto ainda resta da beleza do mundo infantil em nossas mentes e corações. Na verdade, um monte de coisas essenciais que nós esquecemos de colocar em nossos projetos.
Saint-Exupéry nos traz um grande desafio em sua obra "O Pequeno Príncipe".
Ele quer que percebamos nossa grande facilidade em distorcer os valores da infância: "as pessoas grandes só se interessam por números." Não sabemos ver o carneiro que está além da caixa e é exatamente isso que nos envelhece - a
perda da nossa capacidade de imaginar e de fazer com que os nossos sonhos aconteçam diante dos nossos olhos. A imaginação nos torna mais criativos e capazes de cavalgar nossos sonhos, mesmo assim a abandonamos pela maturidade do adulto e nos distanciamos do que realmente desejamos em nossa realidade.


Seria muito bom se reservássemos alguns momentos para identificar os valores da infância que ainda insistem em nos habitar. Somos transparentes em nossas relações? Ainda temos a insaciável sede de descobrir coisas novas ao nosso redor? Valorizamos imensamente as nossas amizades e o momento de estar com o outro? Uma criança deixa tudo, esquece tudo para reservar um tempo para seus amigos. O adulto vai esquecendo aos poucos esse valor, substituindo-o pelos
compromissos que lhe possibilitam acumular bens.
Tornamo-nos seres sem tempo e mais um valor vai por água abaixo: o de cativar, criar laços afetivos, pois é impossível conhecer, se aproximar e ser presença sem que haja a disponibilidade necessária.


Junto com esses e outros valores vamos desprezando as pedras preciosas do mundo infantil e deixando de ver as coisas com o coração. Enfim, deixamos de perceber que "o essencial é invisível aos olhos".
Sabe o que estamos presenciando às margens do terceiro milênio? Mais e mais crianças sendo moldadas e convertidas em
adultos sem direito à regressão. Não estamos permitindo que a criança tenha uma vida plena, que ela possa ser. Carl Rogers, psicólogo que nos propõe a abordagem centrada na pessoa, ficaria furioso se pudesse constatar o que as sociedades atuais fazem com suas crianças. A começar pelos meios de comunicação que impõem à nova geração perfis de adultos-marionetes
e seres dançantes erotizados. E nós, adultos, reforçamos cada parágrafo desse roteiro maquiavélico.

 Achamos o máximo, a ponto de reunir um grande grupo para ver nossas crianças imitando os artistas que estão em alta nas telinhas. Não queremos fazer aqui uma crítica à beleza do corpo, ao erotismo ou à sensualidade. Todas essas coisas também são valores e são indispensáveis à construção do nosso eu em sua totalidade. Desejamos detectar quais valores da infância foram abandonados para se viver o papel de um adulto e o que representam essas coisas para a identidade da criança. Quando a criança vive simplesmente um estereótipo deixa de construir sua própria experiência e passa a reproduzir unicamente a experiência do adulto, perdendo aos poucos a consciência de suas próprias necessidades.



A criança que faz da sua vida uma constante reprodução da vida adulta exclui a oportunidade de viver plenamente o seu momento infantil. Essa criança vai perdendo cada vez mais a confiança que deveria ter em si mesma e em suas reações organísmicas. Tudo isso é uma pena, porque num projeto como esse não está incluído a possibilidade do novo e uma pessoa não pode afirmar que vive plenamente se não consegue experimentar a liberdade e a sua capacidade criativa.





Estamos crescendo, deixando de ser criança e esquecendo o nosso ser criança.
Será que estamos crescendo mesmo? O doloroso não é constatarmos as mudanças físicas, o surgimento de rugas ou que já não acreditamos mais em Papai Noel, em fadas madrinhas e outras coisas do mundo da fantasia. O grande mal é constatarmos a perda da esperança, da transparência, da espontaneidade, da originalidade, da sensibilidade e da crença no potencial do amor em nossas vidas. Aí, amigos, podemos dizer com todas as letras: estamos ficando velhos!





Prevenir, portanto, ainda é melhor que remediar. Se tentarmos a experiência de tocar com carinho a criança que está perto de nós ou a que está dentro de nós, lhe dirigirmos palavras de quem acredita em suas potencialidades e olharmos bem dentro dos olhos dela, veremos que o melhor presente que ela nos pede é a possibilidade de viver plenamente o seu tempo e diante de todas as exigências de uma sociedade adulta, simplesmente ser criança.
Jurandir Andrade da Silva
UIN 16958706

http://www.vivernatural.com.br/terapias/psic_crian.htm


CARROSSEL DO DESTINO




O GIRASSOL
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel. O girassol é o carrossel das abelhas.






 O Carrossel de Rafael 

Era uma vez um menino chamado Rafael ,
Que tinha os olhos cor de céu ...
E os cabelos cor de mel !

Rafael tinha um carrossel ,

... ele conheceu o reino da fantasia ...
Com muita alegria , melodia e harmonia
Numa grande  tentativa
De liberação da energia

 adaptação do poema de Luciana do Rocio Mallon




Carrossel do Destino
Composição: Antonio Nóbrega e Bráulio Tavares
Deixo os versos que escrevi,
As cantigas que cantei,
Cinco ou seis coisas que eu sei
E um milhão que eu esqueci.

Vou renascer num menino,
Num país além do mar...
Licença, que eu vou rodar
No carrossel do destino.






“Tenho pensamentos
 que, se pudesse
revelá-los e fazê-los
viver, acrescentariam
 nova luminosidade às
 estrelas, nova beleza
 ao mundo e maior
amor ao coração
 dos homens”.             (Fernando Pessoa) 


domingo, 5 de maio de 2013

EMOTIVAR O CORAÇÃO

 O Amor é a maior força que existe no mundo. O Amor é mais poderoso que o ódio, vingança.
 É difícil de definir o amor, se pensarmos nas mais diversas conceituações que recebeu no corre da história humana, principalmente se levarmos em conta a especificidade desse sentimento, cujo sentido nos escapa
A linguagem grega distingue diversos sentidos em que a palavra amor é usada.




Existem três tipos de amor:

1- AMOR AGAPÉ
2- AMOR EROS
3- AMOR FILEO





AMOR AGAPÉ – Ágape, do grego agápe, significa “amor fraterno é o amor de Deus; É incondicional,  É um amor que não é baseado nos sentimentos, nem em interesses pessoais. O Amor Agapé considera uma pessoa valiosa e preciosa independentemente, da sua maneira de ser, daquilo que ela é ou faz.



AMOR EROS - relacionamento

Está relacionado com a parte sensual e sexual. E
stá associada à exclusividade e à reciprocidade.




    AMOR FILEO – amizade/  - O Amor Humano

O termo grego filía (philia) geralmente é traduzido por “amizade”. Trata-se do amor vivido na família ou entre os membros de uma comunidade. Os laços de afeto que o expressam são, em tese, a generosidade, o desprendimento e a reciprocidade, isto é, a estima mútua.
Além desse sentido geral, distinguimos a amizade propriamente dita, quando um vínculo mais forte une pessoas que se escolheram pelo que cada um é.

A Galinha Ruiva

 (Lenda do Folclore Inglês)
Era uma vez uma galinha ruiva, que morava com seus pintinhos numa fazenda. Um dia, ela percebeu que o milho estava maduro, pronto pra colher e virar um bom alimento.
A galinha ruiva teve a ideia de fazer um delicioso bolo de milho. Todos iriam gostar! Só que teria muito trabalho, porque  ela precisaria de bastante milho para o bolo. Quem poderia ajudar a colher a espiga de milho no pé? Quem poderia ajudar a debulhar todo aquele milho? Quem poderia ajudar a moer o milho para fazer a farinha de milho para o bolo? Se todos ajudassem, não seria nada complicado. Pensando nisso que a galinha ruiva procurou seus amigos.

- Quem pode me ajudar a colher o milho para fazer um delicioso bolo? - perguntou a galinha.
- Eu não, disse o gato. Estou com muito sono.
- Eu não, disse o cachorro. Estou muito ocupado.
- Eu não, disse o porco. Acabei de almoçar.
- Eu não, disse o pato. Está na hora de brincar lá fora.

Todo mundo disse não. Então, a galinha ruiva foi preparar tudo sozinha: colheu as espigas, debulhou o milho, moeu a farinha, preparou o bolo e colocou no forno.
Quando o bolo ficou pronto, exalou  aquele cheirinho mais delicioso!  Os amigos foram se aproximando. Todos ficaram com água na boca.

Nessa hora a galinha ruiva disse:

- Quem foi que me ajudou a colher e a preparar  o milho  para fazer o bolo?

Todos ficaram bem quietinhos, pois ninguém tinha ajudado.

- Então quem vai comer o delicioso bolo de milho sou eu e meus pintinhos, apenas, disse a galinha. Vocês podem continuar a descansar.

E assim foi: a galinha e seus pintinhos  se esbaldaram  com o gostoso bolo  e nenhum dos preguiçosos foi convidado.