quarta-feira, 21 de abril de 2010

JOGO DO RABISCO- UMA EXPERIÊNCIA ARTETERAPÊUTICA







Donald Woods Winnicott, terapeuta analítico, acredita que o problema que pode aparecer no material da consulta terapêutica é o mesmo que está causando tensões na pessoa. Nessa situação de jogo evita as interpretações do inconsciente, porém coloca-as em discussão. Ele cria a técnica de rabiscos, onde a criança e o terapeuta realizam uma permuta temática, de forma estruturada e interativa. Com outras técnicas lúdicas projetivas similares, o jogo provê um meio frutífero de obtenção de material temático significativo. É também uma forma de aumentar a comunicação entre o terapeuta e a criança.
A questão fundamental do Jogo do Rabisco é o fato de ele possibilitar o uso, o gesto, o brincar. Ao fazer um rabisco a pessoa oferece ao outro uma forma inacabada, que pode referir-se ao não acontecido na sua história. Winnicott considera o ser humano como um ser de porvir e não acabado (em devir), que traz fraturas em sua história e anseia pela possibilidade de que tais fraturas encontrem trânsito na presença de alguém.
O rabisco pode mostrar a maneira como o self se apresenta no mundo, não acabado, e esta é a grande questão do objeto subjetivo. Winnicott define o objeto subjetivo como aquele que se forma no psiquismo humano e que pode tornar presentes a aspiração e a esperança da realização de si.
A experiência de uma adaptação do Jogo do Rabisco foi vivenciada pelas alunas do Curso de Formação em Arteterapia no Espaço Marise Piloto.

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